Documento da Rio+20 deve ser finalizado
Texto
exclui polêmicas e detalhes sobre recursos; sessões de trabalho começam às 10h
e seguem até 22h
Segunda-feira 18 de Junho
2012
Os negociadores
brasileiros e estrangeiros na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, querem fechar até o fim da noite desta
segunda-feira o texto final. Três sessões de trabalho, começando às 10h e seguindo
até às 22h, estão programadas. A tendência, segundo eles, é excluir as
propostas conflitantes, como está no rascunho fechado sábado, e manter
recomendações gerais.
Chefiados pela delegação do Brasil, os representantes de 193 países se
dedicam a elaborar um texto conciso, preciso, claro e abrangente, de acordo com
os negociadores. Até o começo da conferência, o documento tinha 200 páginas,
depois passou para 80 e há três dias foi resumido a 50.
O secretário executivo da Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo Machado,
negou ontem a hipótese de que um documento sem conclusões seja entregue aos 115
chefes de Estado e de Governo, no próximo dia 20. De acordo com ele, há apelos
de várias delegações para que um texto negociado chegue às mãos dos líderes
para que discutam os assuntos de forma ampla.
Dificuldades internas
No entanto, até ontem à noite as divergências permaneciam, principalmente
sobre as questões envolvendo definições de recursos, metas específicas, o
conceito de economia verde e a transformação do Pnuma (Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente) em organismo autônomo.
Os países desenvolvidos, liderados pelos Estados Unidos, o Canadá, a
Austrália e o Japão, alegam dificuldades internas causadas por numerosos
fatores, inclusive a crise econômica internacional, para assumir
responsabilidades pontuais com o repasse de recursos. Desde sábado, foi
retirada a discussão sobre a criação de um fundo, de US$ 30 bilhões, para
garantir a execução de propostas relativas ao desenvolvimento sustentável.
Também há divergências sobre as propostas referentes à proteção dos
oceanos, pois os norte-americanos resistem à regulação de águas internacionais,
alegando questões de segurança interna. Mas o embaixador brasileiro disse
que é possível ainda buscar um consenso e incluir o tema no texto a ser
finalizado hoje.da Agencia Brasil.
Publicado por Reginaldo Torres
às 09:00h