CPI do Cachoeira interrompe
trabalhos por 12 dias
Sexta-feira 15 de Junho de 2012
Depois de uma sequência
de sessões desgastantes, a CPI do Cachoeira interromperá as atividades durante
toda a semana que vem. Por causa da conferência
Rio+20, a Comissão Parlamentar de Inquérito só deve voltar
a se reunir em 26 de junho. Ao todo, serão 12 dias sem sessões.
O intervalo chega num momento tenso dos trabalhos; os depoimentos dos
governadores Marconi Perillo (Goiás)
e Agnelo Queiroz (Distrito
Federal) foram desgastantes e a oposição acusa a base aliada de ter manobrado para evitar a convocação de duas figuras cujas revelações
poderiam colocar o governo federal em situação delicada: o ex-presidente da
construtora Delta, Fernando Cavendish, e Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A próxima fase da CPI
deve incluir oitivas com figuras ligadas aos governadores Perillo (PSDB) e
Agnelo (PT). Entre as figuras que devem ser ouvidas, estão asessores diretos da
dupla que foram flagrados em conversas com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
"O objetivo é constatarmos o vínculo desses governos com a organização
criminosa", diz o relator do colegiado, deputado Odair Cunha (PT-MG).
A CPI também deve aumentar a pressão para que os órgãos públicos
compartilhem informações requisitadas pela comissão. Odair Cunha tem tido
dificuldade em obter alguns dados, especialmente os da construtora Delta.
Sem as informações em mão, fica mais difícil definir os próximos passos da CPI.
Publicado por Reginaldo Torres às 08:04h